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Presidente da Aprosoja critica governo e aponta falta de articulação com o Congresso

Presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber

O presidente da Aprosoja-MT (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso), Lucas Beber, O presidente da Aprosoja-MT (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso), Lucas Beber, rebateu as declarações do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), e afirmou que o Governo Federal não tem demonstrado articulação eficaz para dialogar com o Congresso Nacional.

A declaração foi feita em entrevista à rádio Vila Real, na qual Beber foi questionado sobre a suspensão do Plano Safra. Segundo ele, a decisão de interromper a concessão de financiamentos ocorreu porque o Congresso não votou o orçamento do Governo Lula (PT) para 2025, o que evidencia uma falta de entendimento entre os poderes.

"Sabemos que a dívida no nosso país tem crescido cada vez mais e o Congresso tem essa preocupação com a responsabilidade", afirmou o presidente da entidade.

Beber destacou ainda que os parlamentares demonstraram insatisfação com o aumento dos gastos do Governo e que, diante disso, não houve um consenso para aprovar o orçamento. Ele também criticou a postura do Executivo, alegando que a falta de articulação tem dificultado as negociações.

"Falta comprometimento do Executivo para reduzir os custos e articular a negociação com o Congresso", acrescentou.

Na semana passada, a Aprosoja divulgou uma nota alertando que a suspensão do financiamento para produtores pode gerar insegurança e comprometer a economia do setor, especialmente em um período de inflação elevada.

A associação enfatizou que o crédito rural do Plano Safra é essencial para garantir que os produtores tenham acesso a recursos para custear suas lavouras, investir em tecnologia e manter a competitividade no mercado. Sem esse apoio, muitos podem enfrentar dificuldades para dar continuidade às suas atividades.

"É preciso lembrar que a suspensão do Plano Safra envolve políticas públicas garantidas pela Constituição e não deveria ser decidida unilateralmente pelo Executivo. O correto seria um alinhamento com o Parlamento antes de qualquer suspensão", argumentou Beber.

Questionado sobre uma possível falha da bancada ruralista nas negociações, Beber negou e isentou os parlamentares de responsabilidade, atribuindo a situação à falta de acordo entre o Executivo e o Congresso.

"De forma alguma. Como já mencionei, a dificuldade está na articulação do Executivo. O governo tem mostrado resistência nas negociações com o Congresso. [...] O Executivo é centralizado, o que torna mais difícil negociar. O Congresso tem toda a capilaridade necessária no país, mas faltou uma ação do governo para chegar a um acordo", concluiu.

Fonte: Olhar Direto / Airton Marques
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